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Passada a tragédia das crianças mortas no Rio de Janeiro, agora a prefeitura da cidade vive mais um dilema, pois os estudantes que sobreviveram à chacina não querem voltar à escola Tasso da Silveira.
Entre os motivos apontados para a recusa da volta às aulas na mesma escola está a sensação de insegurança, pois o assassino Wellington Menezes de Oliveira conseguiu entrar sem maiores problemas na escola e matou 12 crianças, e isso, por si só já tira todo o caráter de proteção que os estudantes poderiam ter dentro da escola.
Também é bastante recorrente o motivo de as crianças não quererem retornar ao local em que viram os colegas serem mortos brutalmente pelo assassino e a falta que sentirão dos colegas mortos.
É plenamente plausível a posição dos estudantes em não querer voltar às aulas no mesmo lugar, pois ao chegarem às salas de aula, sentirão de imediato a falta dos colegas mortos, verão os lugares vazios e também verão, com certeza, as cenas de um atirador louco matando os amigos de tantos anos.
Também será muito complicada a situação das professoras que presenciaram as execuções de seus alunos, pois todos sabem que os alunos são muito importantes para os professores, e alguns deles chegam a acolher seus pupilos como sendo quase da família.
Os professores conhecem os estudantes muito profundamente, em alguns casos, conhecem até mesmo as famílias das crianças, sabem dos problemas e da virtudes de cada um, por isso tudo, será muito difícil fazer com que uma professora que viu seus alunos serem brutalmente assassinados volte a dar aula em pouco tempo.
Provavelmente o governo do Rio de Janeiro vai ter que remanejar as crianças e os professores diretamente envolvidos na tragédia da escola Tasso da Silveira para outras escolas da região. Somente desta forma é que estas crianças e professores conseguirão dar sequencia à sua vida acadêmica e profissional respectivamente.
Ainda, é claro, será de suma importância o acompanhamento psicológico de todas as pessoa atingidas direta ou indiretamente pelos assassinatos das 12 crianças na escola Tasso da Silveira no Rio de Janeiro para que consigam retornar às suas vidas normais no menor tempo possível.
W. Navarro
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